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Três anos de Boteco do Perpétuo

Alvaro Rodrigues • 17 de novembro de 2024

Em 2021, nascia a primeira antologia do Boteco Editorial.


A origem do “boteco” no Brasil remonta a um passado onde o simples ato de ir a um estabelecimento para comprar produtos essenciais evoluiu para um ritual social mais amplo. A palavra “boteco” é um diminutivo de “botequim”, que por sua vez deriva de “botica”, uma antiga loja de variedades que vendia de tudo um pouco.


À medida que o tempo avançava, as boticas começaram a oferecer algo mais para os seus fregueses: aperitivos e bebidas. Esse simples adendo transformou-as em locais de encontro mais informais e acolhedores, especialmente em um período em que muitos bares eram vistos como ambientes impróprios para “homens de família”. As boticas, portanto, assumiram um papel social mais significativo, sendo frequentadas não apenas por necessidade, mas também pelo prazer da companhia e da conversa. Elas se tornaram um ponto de encontro essencial, um espaço onde a vida cotidiana e as relações sociais se entrelaçavam. Um recorte de vida.


Nos dias de hoje, o conceito de boteco preserva essa essência de informalidade e proximidade, sendo o lugar ideal para conversas descontraídas e boa companhia. É nesse espírito que surge a Boteco Editorial, uma editora que se propõe a ser a mais nova, irreverente e acolhedora casa da ficção especulativa no Brasil. Assim como os antigos botecos eram o coração pulsante das comunidades locais, a Boteco Editorial pretende ser o núcleo vibrante da criatividade literária.



Nesta nova botica literária, autores, blogueiros e leitores se reúnem para criar e explorar mundos imaginários, construir narrativas inovadoras e celebrar a literatura especulativa com a mesma paixão e camaradagem que caracterizavam os botecos tradicionais. A Boteco Editorial é mais do que uma editora; é um espaço colaborativo e acolhedor onde as ideias fermentam e os sonhos literários ganham vida, refletindo a rica tradição de encontros que começou nas velhas boticas e continua a prosperar hoje.


A antologia de estreia da casa não poderia ser outra: Boteco Maldito. Um ambiente deveras soturno, com pegadas Pulp, que eternizou um personagem, que mesmo sem ser protagonista, protagoniza nossa editora: Perpétuo. Reza a lenda que o dono do bar é imortal e que todo o tipo de coisas sinistras acontece em seu estabelecimento. Para entender como nossos autores ofertam os petiscos de horror para seus leitores sóbrios ou ébrios, você precisa garantir essa edição.


Um brinde!

3 de fevereiro de 2025
Esta é a sua chance de publicar um conto de terror pelo Boteco.
8 de dezembro de 2024
É ASSIM QUE COMEÇA Este não é um texto sobre o livro da CoHo — ou você acha que o Perpétuo sabe quem é Colleen Hoover? O título desta coluna é apenas o que ele é: um anúncio mais do que óbvio de que este é o primeiro boletim do Boteco. Pois aqui está, para você, a nossa newsletter — que é como o povo costuma chamar um bom e velho boletim informativo. Esperamos que gostem das novidades.
Por Andre Braga 8 de dezembro de 2024
Tudo começou com a Erika Lyrio...
Por Andre Braga 17 de novembro de 2024
Como editor-chefe do Boteco Editorial, eu deveria me manter neutro. Deveria dizer que gosto igual de todas as nossas antologias, que não tem filho favorito, essas coisas. Mas sabe o quê? Isso seria uma grande mentira. Eu tenho predileção pelo terror pulp , pelas narrativas escrachadas, pelo absurdo que não serve a outro propósito senão o de ser inexplicável. Essa é a minha formação no gênero, a bem da verdade. Na minha adolescência, lia revistas de terror em quadrinhos, como a Kripta , a Spektro e a Calafrio . Na televisão, tinha Além da Imaginação e, no cinema, não posso deixar de mencionar o icônico A loja dos horrores , que mistura terror e comédia na dose certa. Mais tarde, vieram Arquivo X , Lost! e, mais recentemente, saiu O gabinete de curiosidade de Guillermo del Toro , com o seu imperdível episódio sobre ratos e ladrões de túmulos. Essa é a minha praia. Não por acaso, o conto que mais gostei de escrever na minha carreira até hoje foi Hiperosmia, que está em Boteco Maldito . Mas quando se trata de antologia, da obra completa, da coisa que se encaixa de tal forma que você olha e pensa: "Mas pode isso?"; daí eu não tenho como não preferir Contos de Além-Mar . A mais nova antologia do Boteco Editorial é o mais puro suco do horror do absurdo. Em seus contos, nada precisa fazer sentido e tudo, no fim das contas, se encaixa perfeitamente. Há quem diga que estão todos mortos, e isto aqui não é spoiler . Há quem diga que tudo não passa de um pesadelo, outros afirmam que Pasmaceiras é o inferno ou o purgatório. Todas essas especulações são válidas e nenhuma delas precisa ser verdadeira. Porque, como já dizia o agente Mulder , a verdade está lá fora . O problema é que, em Pasmaceiras, a verdade parece estar lá dentro das mentes das almas que à ilha foram condenadas. Venha ler o nosso horror do absurdo e crie as suas próprias teorias da conspiração.
Por Clarice 17 de novembro de 2024
Um poema de Clarice. Trilhavam caminhos, entre palavras e emoções, Do inferno ao planalto, em meio ao caos e as paixões, Atrás do tempo, com desmedidas ilusões, Por trilhos infernais, considerando as razões. Nobres escritores, almas perdidas, Por onde vem, por onde vão. Sentados em um Boteco Pedindo a conta ao patrão. Ansiavam por contar, escrever, com fé e sangue, Contos noturnos, trevas desmedidas, Vagando como sombras da morte, Preenchendo realidades por linhas perdidas. Nobres escritores, almas perdidas, Por onde vem, por onde vão. Sentados em um Boteco Pedindo a conta ao patrão. Formando grades que nos separam Da eterna dúvida ou da desilusão, Do amor e da guerra entre personagens Com metáforas e macabras intenções.
Por Erika Lyrio 17 de novembro de 2024
Muito se fala no Brasil sobre amar o período das famosas festas juninas. Pouco se fala sobre sua origem. As festas são uma das tradições culturais mais populares do nosso país , principalmente na região Nordeste, embora sejam celebradas a nível nacional. Elas fazem referência a três santos católicos: São João (24 de junho), Santo Antônio (13 de junho) e São Pedro (29 de junho). A origem dessas festas nos leva de volta às festividades europeias pagãs de celebração do solstício de verão, que foram adaptadas à cultura brasileira com a colonização portuguesa. Sim, meus amigos! Festa pagã, que muito depois começou a ter o conceito atrelado ao catolicismo. As festas juninas são um momento de celebração da cultura popular, das tradições rurais e da religiosidade, unindo pessoas de todas as idades em uma grande comemoração com danças ensaiadas e quitutes sazonais. E nós do Boteco, como amamos um desafio, achamos interessante a ideia de trazer um outro viés desse período tão amado por todos. E foi assim nasceu o nosso São João Macabro . Seus contos cheios de mistério, crimes e situações paranormais, chegaram com tudo para os nossos leitores, mostrando que melhoramos a cada dia em nossos desafios. Se você quer conhecer o que acontece por trás das quadrilhas e panelas canjica, te convidamos a entrar em nosso arraiá.
Por Ingrid Rodrigues 17 de novembro de 2024
An.to.lo.gi.a. s.f.: conjunto formado por diversas obras (literárias, musicais ou cinematográficas, por exemplo) que exploram uma mesma temática, período ou autoria. (Definição do site: Enciclopédia Significados). Antologias sempre foram minha categoria favorita de livros, especialmente quando falamos de terror. Quando fui chamada para ajudar na organização de Patrão, me vê a conta foi um daqueles momentos onde sentimos que é o nosso chamado particular. Anteriormente já havia trabalhado em uma antologia, Rebobine o medo , cinco amigos e eu nos juntamos com ideias, escrita, prompts e etc para montarmos a nossa antologia. Infelizmente ela já está fora de circulação na Amazon. Por que estou falando disso? Bem, organizar uma antologia de forma independente e através de uma editora é bem diferente, não é mais fácil ou mais difícil, é apenas isso: diferente. Do processo de publicação do edital até o lançamento do livro, cada pessoa na diretoria da Boteco ajudou a formar um livro incrível do qual estamos muito orgulhosos. Nos dedicamos para criar uma antologia coesa, com contos diferentes, mas que conseguissem transmitir a ideia inicial que deu o pontapé ao projeto e a editora de certa forma: um boteco e coisas fora do comum. Patrão, me vê a conta é um conjunto de contos excelentes, cada um tratando do mesmo tema a sua maneira, deixamos que o leitor escolha o seu favorito, tem conto pra todo mundo, mas também é formado por todas as pessoas por trás da escolha dos contos, da leitura crítica, da revisão, da organização dos contos, do design de capa, da diagramação e etc. Com o selo PQP (Padrão de Qualidade Perpétuo) de aprovação, convido a todos para que conheçam essa antologia tão especial para todos nós da diretoria. E sempre se lembre de pagar a conta, você não quer dever a coelhos, acredite em mim!
Por Andre Braga 17 de novembro de 2024
Um romance escrito a doze mãos ou uma coletânea de contos que se amarram? Localizada na região central do Brasil, a pequena cidade de Cruz Eterna vive à sombra da serra na qual as trilhas que atraem turistas de todo mundo são envoltas em mistérios, misticismo e histórias sobrenaturais envolvendo criaturas lendárias, cidades perdidas, povos originários antropófagos e até mesmo alienígenas. Próximo ao dia em que seria o fim do mundo, um raio e um terremoto atingem a cidade, e uma dupla de jornalistas determinados, uma família em férias, dois amigos de infância, um grupo de trambiqueiros e um pretenso predestinado vão enfrentar o apocalipse, sem saber se conseguirão contar o que viram e viveram em terras eternenses . Este livro contém temas que podem ser gatilhos para pessoas sensíveis a violência, é indicado para maiores de 14 anos. O que estão achando do livro? Clique nas imagens abaixo para ler algumas das avaliações postadas na Amazon. Onde adquirir E-book na Amazon: clique aqui . Livro físico pela Uiclap: clique aqui .
Por Andre Braga 17 de novembro de 2024
O fim da trilogia de Santa Cruz dos Murmúrios Santa Cruz dos Murmúrios é uma pequena cidade do interior de Minas Gerais onde acontecimentos insólitos e macabros fazem parte do dia-a-dia dos habitantes e surpreendem visitantes. A Biblioteca Municipal de Santa Cruz faz jus à fama da cidade, conhecida por histórias cheias de mistérios, desaparecimentos, mortes e outros acontecimentos sinistros. Somente a bibliotecária, a misteriosa Esperança, conhece os segredos guardados entre os livros e estantes, onde almas vagueiam pelas páginas esperando para encontrar um leitor incauto. Bem-vindo à Biblioteca das almas roubadas, e boa sorte para sair incólume. Este é o terceiro volume da série Trilogia de Santa Cruz dos Murmúrios, e possui cenas que podem causar gatilhos a pessoas sensíveis à violência física e psicológica. Recomendado para maiores de 14 anos. O que estão achando do livro? Clique nas imagens abaixo para ler algumas das avaliações postadas na Amazon. Onde adquirir E-book na Amazon: clique aqui . Livro físico pela Uiclap: clique aqui .
Por Andre Braga 17 de novembro de 2024
A locomotiva Maria Francelina Trenes transporta, de 1881 até hoje, um pouco de tudo no seu atual trajeto circular, com 666km de extensão, que dá nome à linha férrea: Linha 666. O tempo reforçou os boatos, as histórias contadas de boca em boca sobre acontecimentos estranhos, vozes e sons sobrenaturais, passageiros que embarcaram e não chegaram ao seu destino… Nesta antologia, a Maria Degolada, alcunha da velha e ainda operante locomotiva, treze autores proporcionarão treze embarques, nos quais o sombrio e o macabro garantem o bilhete de ida, mas não o desembarque. Entre por sua conta e risco. Pegue seu bilhete e boa viagem! O que estão achando do livro? Clique nas imagens abaixo para ler algumas das avaliações postadas na Amazon. Onde adquirir E-book na Amazon: clique aqui . Livro físico pela Uiclap: clique aqui .
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